O espiritismo é considerado como uma ciência com um corpo filosófico com consequências religiosas.

   Poucas pessoas param para pensar neste tríplice aspecto da doutrina espírita.

   Allan Kardec, ao ouvir das manifestações de “mesas falantes”, ficou intrigado, pois, sendo altamente perspicaz, sabia que mesas não têm inteligência para expor ideias e compor frases inteiras, porque era isso que estava acontecendo nos salões de festas em Paris, quando o Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail se propôs a investigar os fenômenos e foi assim que ele começou a descortinar o “véu” que encobria a maior parte das indagações dos seres humanos.

   Após descobrir que Espíritos estavam por trás das manifestações das mesas, foi ao encontro de pessoas mais sérias que igualmente investigavam o assunto e mais tarde, através de médiuns conceituados, pôs-se em contato com os supostos “mortos”.

   Foi-lhe dito que ele tinha a missão de ser um dos instrumentos de Jesus para levar à Terra a terceira revelação, o consolador prometido por ele, quando ainda estava entre nós, na Palestina.

   Professor Rivail descobriu ter tido uma encarnação entre os celtas, na época de Júlio César e que seu nome fora Allan Kardec, pseudônimo que passou adotar nos livros da codificação espírita.

   Kardec usou de CIÊNCIA para investigar os casos. Todo o resultado obtido nas pesquisas foi fruto de análises sistematizadas, observações, identificações e explicações nas mais diversas categorias de fenômenos e fatos.

   As questões feitas aos Espíritos, de forma metódica e racional, sobre os problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem expõe explicitamente a FILOSOFIA nesta pesquisa.

   Allan Kardec descobriu, dessa forma, ouvindo os prepostos de Jesus, as respostas de onde viemos, o porquê estamos aqui e para onde vamos, e essa descoberta promove uma verdadeira revolução moral, a qual nos redireciona a Deus, sendo assim, portando, considerada uma RELIGIÃO.

   As manifestações foram intensas nos EUA e depois se mudaram para Paris e lá elas duraram um tempo, no qual foi mais intenso no percurso das pesquisas de Kardec, porém o movimento espírita estagnou e foi trazido para o Brasil, onde boa parte dos brasileiros abraçou a doutrina a tal ponto que em pouco tempo já formavam milhões de espíritas.

   O Espírito Humberto de Campos chamou o Brasil de pátria do Evangelho, o que desagradou alguns, porém agora faz sentido. O espírita brasileiro parece que teve que se debruçar nos estudos e práticas da caridade assim como a doutrina ensina e aprender a boa convivência fraterna com seus semelhantes. Ao longo de mais de trinta anos vários irmãos abandonaram a terra do cruzeiro escolhendo lares no exterior. Já são mais de três décadas onde “imigrantes” espíritas brasileiros em terras supostamente estrangeiras, começam a implantar o evangelho no lar, convidando compatriotas e partindo disso pequenos centros começaram a brotar.

   Hoje já são quarentas e três países onde a terceira revelação está se implantando. Duas gerações já se passaram e muitos desses imigrantes têm descendentes que já levam seus filhos para a evangelização espirita infantil.